Pular para o conteúdo principal

Carta a 2015

Juiz de Fora, 31 de dezembro de 2015.

Caro ano que chega ao fim,

sei que muitos andam por aí dando graças a todas as divindades por você estar indo embora. Mas aqui estou para agradecer-lhe por cada mês, semana, dia, hora, minuto, segundo e milésimo de segundo... Não, não foi um ano fácil, daqueles que consideramos perfeitos, mas foi um ano de metamorfoses, transformações, começos e REcomeços.
Quero agradecer por cada um dos aprendizados trazidos em meio a tantas tribulações. O ano começou e, logo de cara, me trouxe a tão esperada novidade: uma vaga em uma universidade federal! Pouco depois, um emprego bateu em minha porta. E foi a partir daí que decidi que não me relacionaria com ninguém, não criaria nenhum laço afetivo, pois as minhas vidas acadêmica e profissional deveriam vir em primeiro lugar e eu não teria tempo para dividi-las com mais ninguém além dos meus familiares e amigos.
Projetos acadêmicos, profissionais e pessoais foram surgindo, e minha vida ficou mais atarefada do que nunca. E, em meio a tanta confusão, REssurge uma outra: um amor, há pouco tempo adormecido. Mas não, eu não daria conta, não mesmo... O importante era só curtir de vez em quando, entre um projeto e outro, num fim de semana vago, num dia de semana vago, uma semana inteira, um mês, dois meses. Então, o decorrer de 2015 me fez descobrir que eu daria conta sim, desde que esse amor fosse compreensivo e topasse dividir esses momentos complicados comigo. Assim, me vi em um relacionamento sério (com status no facebook e tudo o que eu tinha direito).
É, 2015, você foi um ano de muitas complicações, tribulações e dificuldades, mas é através delas que crescemos e damos valor a coisas simples e especiais, é também através delas que nos fortalecemos e aprendemos a lutar pelo que desejamos. Mas não foram só pelas perdas e dores que o ano ficou marcado. Você, caro 2015, trouxe, para muitos, alegrias inexplicáveis, transformações necessárias e sentimentos irreversíveis. E eu fui uma dessas pessoas, portanto tenho muito a lhe agradecer e dizer que, embora nossa relação tenha tido muitos conflitos, fiquei muito feliz com sua passagem em minha vida. E espero que em 2016 hajam mais felicidades do que tribulações na vida de todos.



Muito obrigada por tudo o que me proporcionou,
Com carinho e já saudosa,
Bárbara.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Medo do mar

Desde criança, sempre tive medo do mar. Toda vez que minha família decidia viajar para uma cidade com praia, eu ficava desesperada. Ninguém nunca entendeu, afinal que criança não gosta do mar? Brincar na areia, tudo bem, mas entrar na água me deixava um pouco em pânico. Quando chegava na praia, todos os meus primos iam para a água correndo e eu ficava lá na areia, sentada, observando tudo e construindo e destruindo meus castelos de areia, que mais pareciam uma metáfora de como eu me sentia com relação ao mar, quando eu o construía, representava minha coragem em ir até a água, mas era só a água molhá-lo um pouquinho e a coragem desmoronava. Ao chegar na adolescência, desisti de ir à praia, afinal, o que eu faria lá? Mas a família nunca entende, então tive que ir muitas vezes ainda. Ficava sentada, embaixo de uma sombrinha, lendo um livro qualquer ou então colocava várias músicas no MP3 e fazia dos fones meus melhores amigos. Depois de um mês de férias na praia, decidi que teria qu

Quando é pra ser...

Sempre li muitos contos de fadas e acreditava que a vida poderia ser como eles. Mas estava enganada. A vida não é tão simples como estas histórias. Os livros que li falavam de amor como se fosse um sentimento qualquer, como tristeza e agonia. Mas o Amor não devia ser tratado desta forma, afinal talvez fosse o sentimento mais complexo e profundo que qualquer ser, humano ou não, pode sentir. Achei que, quando encontrasse o amor da minha vida, seria simples como Cinderela ou Rapunzel, mas a vida não é tão fácil assim, não é mesmo? Então encontrei você. Era óbvio que era o amor da minha vida, afinal era o melhor amigo que eu poderia escolher, a melhor pessoa para dividir histórias, risadas, brigadeiros e, até mesmo, as dolorosas lágrimas, que insistiam tanto em cair de meus olhos. Me deixei levar pelas histórias e gostos parecidos, pelo seu sorriso e sua covinha, maldita covinha! E você, aparentemente, se deixou levar também, apesar de saber que estávamos em momentos tão distintos