Estou de férias. E agora? Tenho tempo para ver os filmes que falei que queria ver, ler os livros que comecei e não consegui dar continuidade, aprender de fato a costurar, observar os pássaros e a chuva, respirar de forma mais lenta e não pensar em absolutamente nada relativo à vida acadêmica e ao trabalho pelos próximos dias. Entre um gole e outro de chá, penso que não sei mais lidar com uma vida calma e com o fato de não ter crises de ansiedade por achar que não darei conta de tudo o que precisa ser feito. A vida é tão melhor assim, mas confesso que estou assustada. Sinto que, a qualquer momento, vou me dar conta de que, na verdade, eu precisava entregar um trabalho ontem e simplesmente esqueci. Pensando nisso, minha respiração oscila, o coração dispara, o nervosismo e a vontade de sair correndo e gritar voltam a me assombrar. Velha amiga, você aqui de novo. Essa sensação eu conheço muito bem. Não gosto dela, mas me acostumei a estar em sua companhia. Quando ela não está,
Um blog retomado por uma jovem, nostálgica pelos anos 90 e 00, cansada da velocidade das redes sociais e de coisas essencialmente visuais.