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Mostrando postagens de agosto, 2021

Meu espaço na agenda

Capriconiana nata, sempre fui a pessoa que se afoga em ocupações e obrigações, não só pelo gosto de ter responsabilidades demais, mas também pela necessidade de não lidar com outros sentimentos, pensamentos e aflições que ocupam a alma humana. Quando pareço uma enxurrada emocional, me ocupo até não ter lugar para os sentimentos escapulirem. Foi assim que lidei com o luto no ano passado. Me ocupei com coisas que não deveria, enchi minha agenda com opções de atividades que não me interessavam, me comprometi com trabalhos nos quais eu não acreditava. Mas, às vezes, o luto não pode ser simplesmente ignorado. Não podemos jogar um monte de tralha em cima dele e dizer "fica escondido aí, ok?". A gente sente e sente dor e chora e sofre. Foi aí que percebi que precisava fazer da morte um renascimento para mim mesma. Me deixei sentir cada milímetro da dor, deixei escapar por meus olhos cada mililitro de lágrima. E, depois disso, percebi que eu precisava abrir um espaço na minha agenda

Por que esperar pela aposentadoria para levar a vida que sempre sonhei?

 A pandemia de COVID-19, a não vivência de diversos momentos e a dor causada pela perda de entes queridos no último ano me fizeram repensar muitas coisas sobre minha vida e sobre meus sonhos. Tenho 24 anos, tenho sangrado pra cachorro e ano passado uma parte de mim morreu, junto com a minha avó e com a Karou, minha coelhinha de estimação mais velha. Desde que adentrei na vida adulta vivenciei dores e medos que eu não esperava. Me vi, nos últimos 4 anos, mais vezes em hospitais do que esperava... E, bom, ano passado o mundo acabou... Sei que não fui a única que vivenciou coisas horríveis nesse período de pandemia; e eu nem posso dizer que as dores que vivi foram diretamente ligadas ao Coronavírus. Muito possivelmente, se ele não existisse, eu as teria vivido da mesma forma. São as fatalidades da vida, né? Ou: a única certeza que temos é a morte. Mas uma coisa que a quarentena e o distanciamento social fizeram foram me dar uma nova perspectiva sobre isso tudo. Ao passar pelas dores que p