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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

É estranho...

É estranho. Estranho estar sentada aqui, na minha poltrona de couro, no canto de uma biblioteca fria, ou melhor, da minha biblioteca fria, em frente a uma lareira, com um cigarro eletrônico em minha mão, escrevendo neste diário depois de tantos anos. É estranho. Estranho ter escolhido justamente este diário. Maldito diário! Tantos risos, tantos prantos, tantas fotos, tantos sonhos. Há tantos anos... É estranho. Estranho eu ter levantado, ido até a vitrola e ter escolhido aquele disco. Aquele disco, com aquelas histórias, com aquele arranhado, com aquele bilhete, que obviamente caiu ao chão, quando coloquei o disco para tocar aquela música. Nossa música. É estranho. Estranho eu estar aqui, escrevendo meus sentimentos e tudo o que está acontecendo, num diário da minha adolescência, que ganhei de você, dizendo que eu deveria escrever sempre, pois meus textos te faziam cada vez mais apaixonado, enquanto tomo um copo de uísque. Caro. Amargo . Você tentou me ensinar a gostar,