Acho que, desde que nasci, sou uma pessoa perdida dentre os que têm a mesma idade que eu e, até mesmo, do resto da sociedade que me cerca. Sempre me encontrei em livros, alguns chegam a me chamar de "Alice", por causa de meus sonhos estranhos, que chegam a beirar a insanidade.
Não é que eu acredite em contos de fadas, lagartas azuis falantes e exércitos de baralhos, mas o mundo seria bem mais interessante caso isso tudo fosse real. Com certeza, seria!
Sempre dediquei minha vida à leitura, música, cinema e teatro, afinal não existe nada melhor do que as artes. E foi assim que conheci um tal livro de um tal cara, não era ninguém conhecido, não era ninguém que fazia sucesso. Um livro de poesias de um cara aqui da minha cidade mesmo. Me encantei pelo livro e, principalmente, pelo autor, que parecia transcrever sua alma para as páginas e mais páginas dos poemas.
O tal autor deveria ter uns 40 anos. E eu, uma menina de 20 anos, apaixonada por um homem que nunca tinha visto. Comecei a descobrir um milhão de coisas sobre a vida desse autor, até que soube que ele trabalhava numa velha editora da cidade, uma editora obscura e misteriosa, assim como o quase poeta. Não me julguem mal, não sou nenhum tipo sociopata, mas aquele sentimento de obscuridade e mistério estavam me tomando de uma forma que me faziam ter a necessidade de encontrar o autor daqueles poemas subversivos.
Fiz de tudo para que tivesse um motivo para visitar a tal editora. E, bom, escrever um livro para minha avó com histórias do passado da família me parecia um ótimo pretexto. Foi o que fiz. Procurei a tal editora para publicar meu livro e, lá estava ele, cabelos grisalhos, óculos, roupas meio termo, um pouco formal, mas quase despojadas. Conversamos e ele pareceu gostar da ideia de um livro de histórias extremamente comuns. Não sei se era só isso ou se meio jeito de menina anti-social excêntrica despertava algum interesse nele. Talvez fosse ambos.
Pouco mais pra frente fiz um livro sobre minha quase fobia social, eram poemas quase góticos. Me senti um poeta da segunda geração do romantismo com uma pitada de Edgar Allan Poe. Mas esse quase livro de uma quase autora quase mulher quase suicida fez sucesso, não só na editora, mas também em toda a cidade. Era um meio termo entre a inocência de uma jovem com necessidade patológica de atenção e a sensualidade de uma mulher sexualmente livre. E, foi assim que consegui o que queria, o autor-editor dos meus livros - e daqueles últimos meses da minha história - se sentiu atraído não só intelectual, mas sexualmente pela menina-mulher de meus poemas, e, assim, nos tornamos quase escritores-editores de uma nova história de amor ultramoderno.
Não é que eu acredite em contos de fadas, lagartas azuis falantes e exércitos de baralhos, mas o mundo seria bem mais interessante caso isso tudo fosse real. Com certeza, seria!
Sempre dediquei minha vida à leitura, música, cinema e teatro, afinal não existe nada melhor do que as artes. E foi assim que conheci um tal livro de um tal cara, não era ninguém conhecido, não era ninguém que fazia sucesso. Um livro de poesias de um cara aqui da minha cidade mesmo. Me encantei pelo livro e, principalmente, pelo autor, que parecia transcrever sua alma para as páginas e mais páginas dos poemas.
O tal autor deveria ter uns 40 anos. E eu, uma menina de 20 anos, apaixonada por um homem que nunca tinha visto. Comecei a descobrir um milhão de coisas sobre a vida desse autor, até que soube que ele trabalhava numa velha editora da cidade, uma editora obscura e misteriosa, assim como o quase poeta. Não me julguem mal, não sou nenhum tipo sociopata, mas aquele sentimento de obscuridade e mistério estavam me tomando de uma forma que me faziam ter a necessidade de encontrar o autor daqueles poemas subversivos.
Fiz de tudo para que tivesse um motivo para visitar a tal editora. E, bom, escrever um livro para minha avó com histórias do passado da família me parecia um ótimo pretexto. Foi o que fiz. Procurei a tal editora para publicar meu livro e, lá estava ele, cabelos grisalhos, óculos, roupas meio termo, um pouco formal, mas quase despojadas. Conversamos e ele pareceu gostar da ideia de um livro de histórias extremamente comuns. Não sei se era só isso ou se meio jeito de menina anti-social excêntrica despertava algum interesse nele. Talvez fosse ambos.
Pouco mais pra frente fiz um livro sobre minha quase fobia social, eram poemas quase góticos. Me senti um poeta da segunda geração do romantismo com uma pitada de Edgar Allan Poe. Mas esse quase livro de uma quase autora quase mulher quase suicida fez sucesso, não só na editora, mas também em toda a cidade. Era um meio termo entre a inocência de uma jovem com necessidade patológica de atenção e a sensualidade de uma mulher sexualmente livre. E, foi assim que consegui o que queria, o autor-editor dos meus livros - e daqueles últimos meses da minha história - se sentiu atraído não só intelectual, mas sexualmente pela menina-mulher de meus poemas, e, assim, nos tornamos quase escritores-editores de uma nova história de amor ultramoderno.
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